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Da revolta do vintém as manifestações do R$ 0,20 centavos.

Da Revolta do Vintém às Manifestações de Junho: Uma Análise Histórica

As revoltas desde o império aos dias atuais sempre tiveram ideologias, as de 2013 eram da direita e arquitetaram o golpe de 2016.




Bonde de tração animal no Rio de Janeiro, por volta de 1879, época da Revolta do Vintém.
Um dos bondes de tração animal no Rio de Janeiro, semelhantes aos que tiveram suas tarifas aumentadas, desencadeando a Revolta do Vintém (1879). Fotografia anônima.


A história é surpreendente os fatos de ontem se repetem hoje com mais intensidade. Analisando os anais da história do Brasil percebemos que o nosso povo já está calejado de muitas revoltas e movimentos populares reivindicatórios dos direitos dos cidadãos. Desde o império até os nossos dias tivemos revoltas e manifestações que contribuíram para a nossa formação e consciência política.
As manifestações de 2013 foram as sementes malditas da direita asquerosa e odiosa que arquitetaram o golpe de 2016 que jogou o país no fundo do poço com a vitória do fascista que desgraçou a população e levou a miséria em poucos messes de péssima administração.

Nós tivemos as principais revoltas entre elas às revoltas da: chibata, vacina, cabanagem, sabinada, balaiada, farroupilha etc. Entre tantas, o foco desta matéria é a revolta do vintém. Uma revolta popular bem semelhante a que está acontecendo hoje em nosso Brasil moderno, mas com os velhos problemas; à revolta dos R$ 0, 20 centavos. Evidente que este episódio é apenas um estopim para outras reivindicações mais sérias. Contudo, o governo brasileiro procura se fizer de “ouvidos de mercador” demorando tomar urgentes providencias; veementes para resolver vários problemas mais complexos do que o aumento nas passagens de ônibus.



Moeda de 1 (um) Reis de Vintém, época do Império do Brasil, na revolta do vintém.
A moeda de 20 réis = 1 vintém



O episódio da manifestação popular que entrou para a história do Brasil que aconteceu no governo imperial de D. Pedro II no período de 1879 a 1880 no Rio de Janeiro e Curitiba. Nesta época a moeda oficial era réis. Um vintém equivale vigésima partem de algum valor monetário ou 20 réis. O vintém valia na época 20 réis se tornou muito inflacionado para a população viajarem de bonde na cidade do Rio de Janeiro. Não houve alternativa a população se organizarem protestar contra a implantação do vintém. A revolta de Curitiba no ano de 1883 foi diferente do RJ. Esta revolta se caracterizou pela cobrança de impostos sobre o vintém que era uma porcentagem de 1,5% sobre cada vintém e com isso se tornou muito pesado para os donos de bondes, até esta revolta é mais conhecida como revolta dos impostos do vintém.
Os R$ 0,20 centavos de 2013 é a revolta dos golpistas em 2016 até os dias atuais.

Para os padrões da época foi uma manifestação um tanto violenta; onde aconteceram várias prisões, pessoas feridas e mortes. Como os bondes eram de tração animal os burros que puxavam os bondes vários deles foram esfaqueados e mortos pelos manifestantes. Segundo os relatos da época aproximadamente cinco mil manifestes protestaram em frente à sede do governo imperial no lago de São Cristóvão. As multidões com palavras de ordem gritavam fora o “vintém”. Como todos os movimentos populares tem um líder no comando e nesta revolta do vintém foi coordenada pelo jornalista: Lopes Trovão Da. O imperador, que prometia abrir negociação para resolver a contenda, teve seu pedido negado pelo jornalista republicano que adotou uma nova estratégia. Lançando seus argumentos no jornal Gazeta da Noite, Lopes Trovão convocava a população carioca a reagir com violência contra a medida imperial.
Manifestação golpista no RJ em 2013 por R$ 0,20 centavos.


O ministro da fazenda Afonso Celso de Assis Figueiredo, futuro Visconde de Ouro Preto. Não resistiu à pressão popular caiu do cargo. Este aumento chegaria aumento equivalia 20 réis ou 1 vintém. Hoje seriam os R$ 0,20 centavos. Os preços das passagens dos bondes baixaram e concomitantemente se iniciou um processo de mudanças do governo imperial nas áreas econômicas, sociais e políticas. Qualquer semelhança não pode ser mera coincidência aos fatos de hoje.




Vários historiadores afirmam que a revolta do vintém não havia nenhuma ligação aos movimentos republicamos que exigiam o fim do período monárquico no Brasil. Todavia, fica evidente nas entrelinhas da história que esta revolta influenciou sim, os defensores da República. Observem bem que se dava início o apagar das luzes desta época política o Brasil. E sinalizava para ascender das luzes da República que aconteceu num período de 10 anos. Em 15 de novembro de 1889, neste dia caiu a monarquia brasileira e o Brasil instala a República. Entra uma nova página da história do nosso país, até os nossos dias. A luta continua e não sabemos ainda que rumos vão dar estas manifestações da atualidade que apenas está no início. Neste dia se promete mais manifestações em todo o Brasil por mudanças substanciais.

Nota sobre as Manifestações de junho de 2013. [analiseagora].

As manifestações de 2013, inegavelmente, lançaram as sementes de um período sombrio para o Brasil. Foi ali que, sob a aparente efervescência democrática, germinaram os frutos amargos que envenenaram o debate público e a própria estrutura social do país. As redes sociais, antes vistas como ferramentas de conexão e mobilização, tornaram-se o palco privilegiado para a disseminação de mentiras corrosivas, do ódio paralisante e de uma divisão fratricida que polarizou a nação em dois polos antagônicos.
Essa atmosfera tóxica, gestada em 2013, pavimentou o caminho para o caos econômico e social que tragicamente assolou o Brasil entre 2016 e 2022. A instabilidade política, alimentada pela polarização e pela desinformação, minou a confiança, afastou investimentos e aprofundou as desigualdades. O país mergulhou em um período de trevas, onde a promessa de um futuro melhor foi sufocada pela ascensão de narrativas que exploravam o medo e a intolerância, deixando cicatrizes profundas em nossa sociedade. As manifestações de 2013, portanto, não foram somente um grito isolado, mas o prenúncio sombrio de um futuro conturbado que infelizmente se concretizou.


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