O mar se revolta menos a nação brasileira.
Até o Oceano Atlântico se revolta, menos os brasileiros. |
Até o mar
se revolta!
Menos o
povo pacato, cansado, cabisbaixo,
sem
esperança, desunido e sem norte.
Agora, é
uma nova página da história a ser reescrita,
para a
vida ter mais ânimo.
No
entanto, por que de tanta revolta do mar?
Em
repúdio a tudo que o incomoda.
Existem
as injustiças da justiça e continua
a
passividade do povo.
Começa a
surgir a fome, a miséria da nação.
Falta de
emprego, moradia e descontrole da inflação.
Seu
barulho não é normal.
As ondas
também são gigantescas,
superiores à tirania dos togados.
O mar
quer falar algo.
A sua
linguagem é uma incógnita,
mas nem
precisa de linguística; tudo sugere a aflição.
Cabe a
todos seguirem seu apelo!
Agravo de
quê e por quê?
Para que
a nação possa sair dessa serenidade estranha.
Deixar
esse remanso estranho, para conquistar a paz verdadeira.
Sair
dessa zona de conforto anormal.
Parar de
fazer revolução virtual.
Abandonar
essa pachorra bizarra e da conformidade patológica.
Instruir-se
só, se manifestar via “online”.
Certamente
é cilada sem volta!
Aqui tudo
acontece, contra essa nação briosa.
Contudo,
no auge das injustiças, quase todos
aceitam
tudo, como normal e natural.
Não há
mais revolta popular.
Então,
existe revolta no mar.
Ele está
lá a agitar, não tem hora para terminar.
Até que,
quem sabe; alguém o ouça! O
entenda;
intérprete seu clamor!
Bramido
por justiça, onde a juridicidade não há!
O que
existe é uma justiça injusta, que faz o mar a gritar.
Apenas
quem não grita é o povo anestesiado.
No máximo
só faz murmurar.
Talvez
pela conformidade.
Somente
sabem concordar.
Talvez
pelo cansaço ou medo de lutar.
Aqui se
rasga Constituição, direitos e pactos internacionais.
Diante de
tudo isso, há paz de campo-santo;
num país
tão aguerrido.
Onde está
o povo valente,
das
grandes manifestações populares?
Emudeceram
as vozes,
que
punham medo aos poderosos!
Hoje
resta um estranho silêncio,
mas todos
precisam acordar.
Enquanto
esses gritos de esperança não chegam,
alguém
precisa se rebelar.
Não resta alternativa, o mar é o primeiro a se revoltar.
As ondas do mar estão revoltadas.
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