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ENTRE MARGENS E MILAGRES

Entre Margens e Milagres — Um Ensaio sobre The Chosen

Um Ensaio Literário-Cinematográfico sobre os Personagens de The Chosen

Por Cicero Barros — com alma, fé e olhar poético


Cena bíblica com discípulos celebrando a pesca milagrosa, inspirada na série The Chosen
Representação da pesca milagrosa na série The Chosen — os discípulos celebram a abundância como sinal do chamado divino.

The Chosen
não é apenas uma série. É uma travessia. Uma peregrinação que nos convida a caminhar descalços pela poeira da Galileia, a respirar a fé e a desesperança de uma sociedade fragmentada. É uma jornada que nos leva além dos símbolos bíblicos para encontrar seres humanos em sua mais pura e complexa essência.

​Cada personagem é uma margem — social, espiritual, emocional — e Jesus é o centro magnético que os atrai, transforma e liberta. Nesta peregrinação cinematográfica, somos convidados a ver não apenas os milagres visíveis, mas a transformação sutil que acontece quando o divino toca o humano, reescrevendo suas histórias a partir do amor, da aceitação e da compaixão.

A pesca milagrosa:temporada 1 episódio 4



Os Personagens e Suas Margens

​Jesus — A Verdade que Caminha Entre Nós

​Interpretado com reverência por Jonathan Roumie, Jesus é a presença que antecede a narrativa. Ele não é símbolo, nem arquétipo — é a verdade encarnada, a luz que toca cada sombra. Sua generosidade singular, sua coragem serena e sua justiça encarnada fazem dele o médico que não exige plano de saúde, o mestre que não exige títulos, o Deus que caminha entre os pobres.

​Roumie não atua — ele ora com o corpo. Seus silêncios falam, seus olhares curam, suas palavras não precisam de efeitos. Jesus é tudo isso... e muito mais.

​João — O Observador Sereno do Amor Ágape

​João, interpretado por George H. Xanthis, é o discípulo que não disputa espaço — ele se aproxima. Sua relação com Jesus é marcada por uma confiança silenciosa, por uma escuta que não busca entender, mas acolher. Ele não é o mais impulsivo, nem o mais racional — é o mais íntimo.

​Nos Evangelhos, ele é chamado de “o discípulo amado”, e The Chosen traduz isso com gestos sutis: olhares, proximidade, presença constante. Em uma cena marcante, João auxilia Jesus na escolha de um pergaminho dentro da sinagoga. Quando Jesus confronta a hipocrisia do rabino fariseu e é expulso, João permanece ao lado do Mestre — não como escudo, mas como testemunha.

​O amor entre Jesus e João é ágape: um amor que se expressa em confiança, entrega e permanência. Um amor que não exige, mas transforma.

​Maria Madalena — A Mulher que Rompeu o Silêncio

​Elizabeth Tabish dá vida a Maria Madalena com uma sensibilidade que transcende a tela. Ela carrega em si a dor de séculos de exclusão feminina, os traumas que a sociedade não quis ver e a fé que a religião tentou apagar. Sua presença é resistência. Sua simplicidade desbanca estruturas patriarcais. Ela é a primeira a ver o ressuscitado — e isso não é acaso, é justiça divina.

​Maria Madalena é a prova de que a fé, em sua forma mais pura, pode libertar até mesmo as almas mais atormentadas.

​Mateus — O Lógico que Aprende a Crer

​Paras Patel transforma Mateus em um dos personagens mais cativantes da série. Com sua mente analítica, seu humor involuntário e sua vulnerabilidade social, ele representa a fé que nasce da observação, da dúvida, da busca sincera. Mateus não entende metáforas, mas se torna metáfora viva da transformação.

​Ele carrega a série com sua inteligência emocional e sua jornada silenciosa rumo à luz, provando que a humanidade e a profundidade de um personagem podem ser representadas de forma singular.

​Pedro — O Líder em Construção

​Shahar Isaac interpreta Pedro com profundidade emocional. Ao contrário do líder nato que muitos esperam, o Pedro da série é barro em formação. Sua liderança é conquistada entre falhas, impulsos e reconciliações. Ele não é o rochedo ainda — mas está a caminho.

Leia também: O coração da história com Chosen

​Essa humanização revela que a verdadeira liderança não é inata, mas nasce da queda e da coragem de levantar.

​Tomé — O Cético que Tocou para Crer

​Joey Vahedi interpreta Tomé como um homem ferido pela perda — sua esposa foi assassinada por ordem de Quintus. Essa dor silenciosa transforma sua fé em ceticismo. Tomé não rejeita Jesus por maldade, mas por não conseguir crer sem provas. Ele representa todos nós em nossos momentos de dúvida.

​Sua redenção vem ao tocar as feridas do Cristo. E ali, sua incredulidade se dissolve. Tomé nos ensina que a dúvida não é o fim da fé — é o início de uma fé que toca a verdade com as mãos trêmulas da dor.

​Gaius — O Centurião que Escutou o Sussurro

​Kirk B.R. Woller entrega uma atuação rara como Gaius, o centurião romano que vive entre a opressão do império e a incredulidade da fé judaica. Ele é prisioneiro do sistema, mas guarda uma compaixão que o aproxima do divino.

​Sua súplica pela cura do servo não é um simples ato de desespero, mas uma demonstração de fé genuína que impressiona o próprio Jesus. Gaius, como Yussif entre os fariseus, salva a dignidade dos romanos, mostrando que até dentro da máquina opressora há quem escute o sussurro da verdade.

​Yussif — O Fariseu que Duvidou com Dignidade

​Ivan Jasso interpreta Yussif com uma delicadeza que emociona. Ele não é vilão — é um homem em conflito, que carrega em si os “infernos internos” da humanidade. Ele tenta reconciliar o impossível: tradição e revelação, lei e graça.

​Sua dúvida é digna, sua busca é sincera, representando a espiritualidade que não teme a pergunta, mas a abraça como caminho. Yussif salva a dignidade dos fariseus, mostrando que até dentro da rigidez há espaço para escuta e transformação.

​Nicodemos — O Mestre que Quase se Tornou Discípulo

​Nicodemos é o fariseu que não grita, não acusa, não conspira. Ele escuta. E essa escuta é o início de sua travessia.

​Na série, seu encontro com Jesus à noite é um dos momentos mais intensos. Ele não vai para confrontar — ele vai para entender. E Jesus, com paciência e firmeza, lhe apresenta o conceito do novo nascimento: “É necessário nascer de novo.” Nicodemos hesita. Ele não rejeita — mas também não se entrega. E essa hesitação o torna profundamente humano.

​Mais tarde, ele chora escondido, porque não consegue dar o passo que o coração já deu. Mas no Evangelho de João, ele reaparece: trazendo mirra e aloés para embalsamar o corpo de Jesus. Ele não proclamou sua fé em praça pública — mas no momento mais difícil, ele esteve presente.

​Nicodemos é o discípulo invisível. Ele não seguiu com os pés, mas seguiu com o coração. E isso, talvez, seja o mais belo tipo de seguimento.

​Barnabé — O Pescador que Navega com o Coração

​Barnabé é o homem do cotidiano. Ele não está entre os doze, não realiza milagres, não discursa. Mas sua presença é fundamental. Ele representa os que vivem da terra e da água, os que acordam cedo, os que lutam com redes rasgadas e peixes escassos — e mesmo assim, mantêm a esperança viva.

​Sua fé é feita de silêncio, de trabalho, de escuta. Ele não precisa entender tudo para saber que está diante de algo verdadeiro. Barnabé é o pescador que, ao ver Jesus, não pede nada — mas oferece tudo: sua rede, seu barco, sua escuta.

​Ele nos ensina que não é preciso ser apóstolo para ser seguidor. Que não é preciso estar no palco para ser parte da história. E talvez, por isso mesmo, seja um dos mais próximos do coração do Cristo.

​Simão Zelote — O Guerreiro que Depôs a Espada

​Simão é o homem da resistência. Treinado para lutar, moldado pela dor da opressão romana, ele carrega no corpo a disciplina de um soldado e no coração a esperança de um Messias guerreiro. Ele pertence ao grupo dos zelotes, que esperavam libertação por meio da força — e não da graça.

​Mas ao encontrar Jesus, Simão percebe que a revolução que esperava não virá pela espada, mas pela entrega. Jesus não destrói o inimigo — ele cura o servo do inimigo. E isso desconcerta Simão.

​Sua conversão é uma das mais radicais: ele abandona o treinamento, a ideologia, o instinto. Ele escolhe seguir um Messias que vence pelo amor, não pela força. Simão representa todos nós que, em algum momento, acreditamos que a mudança viria pela força. E que, ao encontrar Jesus, descobrimos que a verdadeira revolução é a do coração.

​José de Arimateia — O Homem que Cedeu o Lugar da Esperança

​José é o discípulo que chega no fim — mas que, por isso mesmo, marca o início de tudo. Membro respeitado do Sinédrio, homem rico, influente, discreto. Ele não aparece nos milagres, nem nas multidões. Mas quando todos fogem, ele se aproxima.

​Após a crucificação, José vai até Pilatos e pede o corpo de Jesus. Ele oferece seu próprio túmulo, escavado na rocha — um túmulo novo, digno, reservado para si. E com isso, ele cede o lugar da morte para que ali nasça a ressurreição.

​José não fez parte dos discursos, nem dos sinais. Mas fez parte do milagre maior. Seu gesto é discreto, mas eterno. Porque o túmulo que ele oferece se torna símbolo da vitória sobre a morte.

​Ele representa os que não caminharam com Jesus durante o ministério, mas que o reconheceram no momento da dor. Os que não estavam na ceia, mas que estavam no sepultamento. Os que não proclamaram com palavras, mas proclamaram com ação.

​Joana — O Palácio de Ouro e o Rosto na Poeira

​Joana, interpretada por Amy Bailey, representa o ponto de ruptura entre o poder e a liberdade. Esposa de Cusa, administrador de Herodes, ela vive no coração do sistema romano-judaico, em um palácio de riqueza e intriga. Mas sua alma não se acomoda: ela escuta o chamado, mesmo que sussurrado entre os pobres.

​No Domingo de Ramos, ela está na multidão que aclama Jesus. Ao lado do povo, ela se liberta do seu lugar de privilégio para abraçar a verdade que caminha entre a poeira. Sua fé é um ato de subversão silenciosa. Ela usa sua posição e sua riqueza não para enriquecer, mas para sustentar o ministério de Jesus e seus discípulos.

​Joana não se iguala a Maria Madalena — mas anda na mesma direção. Ela prova que a fé e a libertação do espírito são para todos, independentemente de sua classe social.

​Maria — A Mãe que Sofre em Silêncio

​Vanessa Benavente interpreta Maria com uma delicadeza comovente. Ela aparece pouco na série, mas sua presença é absoluta. Ninguém pode medir a dor de uma mãe que vê o sacrifício do filho diante dos próprios olhos — e não pode impedir.

​Maria sofre em silêncio, mas carrega no coração o consolo que Jesus lhe transmite: a ressurreição. Ela representa a fé que não precisa de palavras, porque já vive a promessa.

​Judas — O Economista da Perdição

Jesus expulsando os mercadores do templo em cena bíblica com moedas espalhadas e pessoas assustadas.

  Cena artística da purificação do templo por Jesus, onde ele expulsa os cambistas e comerciantes em um ato de justiça espiritual, conforme descrito nos evangelhos.


Judas Iscariotes, interpretado com inquietante complexidade por Luke Dimyan, é o discípulo que carrega em si todas as doenças infernais do âmago humano. Ele não é apenas o traidor. Ele é o catalisador da queda, o homem que escolhe o cálculo em vez da entrega, o lucro em vez do amor.

​Na cena da unção com o perfume de nardo, realizado por Maria, irmã de Lázaro, Judas repreende Jesus. Ele vê desperdício onde há devoção. Ele calcula o valor, mas não percebe o gesto. E ali, a semente da traição germina.

​Sua obsessão pela manutenção do orçamento, pela ordem financeira, o afasta da essência do Evangelho — que é entrega, não controle. Judas não canaliza suas mazelas para a cura. Ele as transforma em senha para o inimigo, permitindo que a escuridão se apodere de sua consciência.

​Dimyan interpreta Judas com uma humanidade desconcertante. Ele não é vilão — é possibilidade trágica. E isso é o mais perturbador: Judas poderia ter sido curado. Mas escolheu o cálculo.

​Jezer — O Pai que Transformou a Dor em Oposição

​Jezer, personagem original da série, é o pai de Tamar. Após perder a filha, ele não encontra consolo na fé — mas se fecha em ressentimento. Sua dor se transforma em oposição, e ele lidera ações contra Jesus e seus seguidores.

​Jezer representa a dor que não se transforma em fé, mas em vingança. Ele é o espelho de todos que, diante da perda, escolhem endurecer o coração em vez de abri-lo à cura.

​Caifás — O Guardião do Templo que Não Reconhece Deus

​Aalok Mehta encarna Caifás com frieza calculada. Ele é o símbolo da religião institucional que se curva ao império para manter seu trono. Em nome dos tabus, ele consente com a injustiça. Sua liderança é regada a medo e controle, mas não por fé — e sim por autopreservação.

​Caifás é o guardião do templo que não reconhece o Deus que o visita, mostrando a ironia da religião que perde de vista sua própria essência.

​Pilatos — O Deboche Encarnado do Império

​Andrew James Allen entrega uma performance cortante como Pôncio Pilatos. Ele é o legítimo deboche dos deboches, o homem que ri da miséria que administra. Pilatos não sente, não crê, não se importa. Ele lava as mãos, mas deixa o sangue escorrer.

​Sua frieza é mais cruel que qualquer punição. Ele é o império em forma de sarcasmo.

O Coração da Narrativa

​O Túmulo Vazio — O Silêncio que Move o Mundo

​O grito ecoou. O véu se rasgou. O dia se tornou noite. E a terra tremeu. Após o último suspiro na cruz, o mundo entrou em um silêncio pesado e desesperançoso. As margens se dissolveram no caos e a escuridão parecia ter a palavra final. O corpo de Jesus, o médico, o mestre, o Deus, foi levado ao túmulo cedido por José de Arimateia, o discípulo que chegou no fim. A pedra foi selada. E a esperança, por um breve e terrível instante, foi sepultada.

​Mas a grandiosidade da ressurreição não está na espetacularidade dos anjos ou no terremoto que move a pedra. Ela está no silêncio do túmulo vazio. Na manhã de domingo, Maria Madalena, a mulher que foi libertada da dor e agora carrega a mais pura fé, é a primeira a ver a pedra removida. Ela corre, não para encontrar um corpo, mas para anunciar a vida. A sua fragilidade se torna o canal da maior verdade de todos os tempos.

​A fé do cético Tomé, que precisava tocar para crer, encontra seu lugar na realidade das feridas abertas — a prova de que a fé não é cega, mas se agarra a uma verdade concreta. A fraqueza de Pedro, que negou o Mestre por três vezes, é redimida com um simples café da manhã na praia — a certeza de que a falha não é o fim da história. A coragem de Joana, que deixou o palácio, é recompensada pela certeza de que o poder do reino não é deste mundo.

​A Ressurreição de Jesus não é um milagre entre outros. É o Milagre que torna todos os outros possíveis. É a promessa de que a morte não tem a palavra final, de que a luz sempre vence a escuridão e de que a fé, em sua essência mais pura, pode mover o mundo.

​O Prólogo da Missão — A Pescaria Abundante

​O mar estava calmo, mas o coração inquieto.

As redes estavam vazias, mas o céu cheio de promessa.

E quando o barco se encheu de peixes, Pedro não viu apenas alimento —

Ele viu o olhar de Jesus.

​Ali, entre o espanto e a abundância, nasceu o discipulado.

Não foi a pesca que mudou tudo.

Foi o convite: “Vem, e eu te farei pescador de homens.”

​Aquele barco, antes ferramenta de sustento, tornou-se altar.

Aquelas redes, antes símbolo de esforço, tornaram-se símbolo de missão.

E o mar Mediterrâneo, silencioso e azul, testemunhou o início da travessia.

​Depois do Milagre, o Mar — Celebração nas Águas

​O milagre não terminou no túmulo — ele continuou na água.

Jesus não apenas ressuscitou Lázaro — ele ressuscitou o riso.

Ali, entre mergulhos e sorrisos, os discípulos não estavam apenas celebrando —

Estavam aprendendo que a fé também dança, também brinca, também respira.

​O mar Mediterrâneo não foi apenas cenário — foi testemunha.

E naquele banho coletivo, o céu sorriu junto.

Porque a ressurreição não é só sobre vencer a morte —

É sobre viver com leveza depois dela.

​O Dia em que Jesus Expulsou os Vendedores do Templo

​O templo estava cheio de vozes, moedas e barganhas.

Mas Jesus não viu comércio — viu profanação.

Com firmeza e indignação santa, ele virou as mesas, soltou os animais e fez ecoar a justiça.

​Ali, entre colunas e moedas, o Cristo mostrou que o amor também confronta.

Que a compaixão também purifica.

E que a fé não se vende — se vive.

​Foi o dia em que o templo tremeu, não por terremoto, mas por verdade.

E os discípulos viram que seguir Jesus não era apenas caminhar — Era também defender o sagrado.

— A Tapeçaria da Escolha

​The Chosen não nos oferece heróis prontos, perfeitos e impecáveis. Nos dá pessoas quebradas, em busca, cheias de dúvidas, dores e contradições. E é nessa vulnerabilidade que reside sua beleza mais profunda.

​João ama sem exigir. Tomé duvida até tocar. Maria sofre em silêncio. Judas calcula e se perde. Jezer transforma dor em oposição. Joana abandona o palácio para caminhar entre os pobres. Nicodemos hesita, mas embalsama. José chega no fim, mas transforma tudo. Barnabé serve sem palco. Simão depõe a espada.

​A série, em última análise, não nos ensina a crer de forma dogmática. Ela nos ensina a escutar. Escutar o outro, escutar a dor, escutar o chamado. E diante dessa escuta, surge a pergunta que ecoa em cada episódio e se resolve na luz do túmulo vazio:

Em qual margem da vida eu me encontro?

Estou preso em meu próprio palácio de ouro ou sou livre para abraçar a jornada?

A qual lado estou disposto a pertencer?

Qual é a minha escolha?

______________________

📚 Referências (ABNT)

​BÍBLIA. Novo Testamento. Tradução Almeida Revista e Atualizada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

THE CHOSEN. Site oficial da série. Disponível em: https://www.thechosen.tv. Acesso em: 06 set. 2025.

THE CHOSEN. Canal oficial no YouTube. YouTube, 2025. Disponível em: https://www.youtube.com/@TheChosenSeries. Acesso em: 06 set. 2025.

THE CHOSEN. Aplicativo oficial da série. Angel Studios, 2025. Disponível em: Google Play Store / Apple App Store. Acesso em: 06 set. 2025.

VERMES, Geza. Jesus: A biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

WRIGHT, N. T. O que são os Evangelhos? São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2018.

SMITH, John. The Chosen and the Rise of Faith-Based Streaming. Variety, Los Angeles, 15 mar. 2023. Disponível em: https://variety.com. Acesso em: 06 set. 2025.

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